Grajauna, 20 de agosto de 2014
Desde o dia 17 de agosto, domingo, a comunidade do Grajauna com o apoio de outras comunidades tradicionais da Jureia está reivindicando seus direitos enquanto população tradicional, previsto na Constituição Federal e em convenções internacionais. A comunidade está reunida por conta da solicitação do Sr. Onésio e dona Nancy que questionam a ampliação e reforma do núcleo de fiscalização e pesquisa da Fundação Florestal do Grajauna, o que obstruiria a passagem para praia, também conhecida como caminho de servidão.
A comunidade conseguiu três reuniões com os representantes da Fundação Florestal. Antes disso, a comunidade encaminhou através dos representantes da UMJ (União dos Moradores da Jureia) um ofício no dia 8 de agosto para a Fundação Florestal, onde requisitava um diálogo tanto sobre a reforma como da remoção do alojamento para outro local. A comunidade não obteve resposta até o início das obras que se iniciaram sem um diálogo com os moradores.
Nestas reuniões o corpo técnico da Fundação Florestal explicou que as obras são de bem-feitorias e não de ampliação da capacidade do alojamento. A proposta dos representantes da Fundação Florestal não contemplou os moradores, pois tanto a construção quanto a ampliação do alojamento significam um constrangimento a sua passagem. Foram muitas as situações em que a presença da Fundação causou uma restrição objetiva aos moradores. Além disso, eles exigem o que lhes é de direito, ou seja, de que as ações da Fundação Florestal sejam sempre feitas em diálogo com os moradores. Para o caso específico, esta falta de diálogo se iniciou em 1993 com a construção do alojamento, realizada sem que as famílias fossem avisadas.
O gerente geral das Unidades de Conservação do litoral sul que esteve aqui, Mário José Nunes de Souza, ouviu a comunidade e se comprometeu em ata da reunião que levará as reivindicações desta à diretoria da Fundação Florestal, para que esta possa dar uma resolução para o impasse atual. A comunidade continua reunida e ocupando a área em questão, onde sempre moraram, para que ela alcance em uma negociação pacífica com este órgão uma solução que não se sobreponha aos seus direitos territorias enquanto população tradicional. Ela aguarda um retorno da diretoria da Fundação Florestal que atenda as suas reivindicações.
Comunidades reunidas no Grajauna
União dos Moradores da Juréia / Assoc. dos Jovens da Juréia
Continuem assinando a petição publica através do link: https://secure.avaaz.org/po/petition/Secretaria_do_Meio_Ambiente_do_Estado_de_Sao_PauloFundacao_Florestal_suspensao_da_obra_de_ampliacao_do_alojamento_e_dial/?clWAfhb
foi bom estar na luta do Sr Onesio e D. Nanci
A solicitação de diálogo não é respeitado pelo Estado Capitalista . Tem sempre que fazer ocupações, acampamento, greve,lutar sempre.Desde que implantaram esse calendário(contas a pagar), a humanidade esta presa a essa TEIA.Primeiro vem a igreja, depois o Governo, depois as Multinacionais,, o pipoqueiro da esquina também manda mais que o povo . Tudo passa por essa linha. Quem esta por trás do BID, quem são esses empresários que estão financiando campanha.